Comecemos pelo início. Duas coisas levaram-me a entrar em pensamentos monárquicos e, consequentemente, a abrir este blogue: a entrada do processo de integração europeia na fase política e as últimas eleições presidenciais.
A primeira é óbvia. A possibilidade de construção de uma federação europeia coloca a questão de quais os novos limites da identidade nacional e como deve responder esta ao desafio de um super Estado multinacional. Será o regime republicano uma boa base de trabalho ou será necessário regressar a símbolos vivos das raízes nacionais que reforçem a diversidade dentro da unidade europeia?
A segunda é um problema do actual regime: a partidocracia. Que os partidos políticos desempenhem um papel importante na vida pública é sem dúvida alguma desejável e salutar, mas que quase a monopolizem, asfixiando as iniciativas e movimentos de conjuntos de cidadãos atentos e participativos, silenciando-os por falta de um cartão de militante ou o apoio de um aparelho partidário é matar a democracia aos poucos. E que isso suceda numa eleição como a presidencial - supostamente apartidária - é sintomático de um sistema que está a ser descaradamente distorcido por "bispos" da política. Assim sendo, a resolução desse problema pode ser feita de duas maneiras: ou se reforma o actual regime republicano de modo a torná-lo mais aberto, ou se começa a pensar numa alternativa.
Este blogue recolhe as minhas reflexões pessoais sobre a segunda hipótese, isto é, uma nova monarquia portuguesa, aberta e moderna, livre do tradicionalismo do altar católico e das praças de touros e que crie um modelo de Estado menos partidocrático. Se a ninguém ajudar, motivar ou pelo menos provocar dúvidas férteis em novas ideias, que este blogue seja ao menos um bom bloco de notas pessoal.
Viva Portugal!
segunda-feira, 18 de dezembro de 2006
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1 comentário:
Não posso deixar de manifestar o meu desagrado pela escolha da bandeira neo-monárquica. Depois de uma bandeira republicana à africana (Camarões, República do Congo, Burkina Faso,Benin, Gana, Mali, etc) a bandeira neo-monárquica evolui um pouco, de facto, reflectindo afinidades geográficas e até as nossas origens raciais e influências culturais, assemelhando-se agora às bandeiras das repúblicas islâmicas (Líbia, Argélia). Para quando um Portugal civilizado, europeu, seguidor dos valores iluministas e europeus e até, porque não, Cristão?
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